sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

A vida e o fim.

Ser poeta é mais que escrever um poema. É viver um.

O mundo não vale o mundo.

As pessoas, as penas, a vida.

Nada se completa no fim,

No meio, nada se encontra

E a vida sem começo, sem meio

Sem fim. Da vida.

Vomitar o tédio, o nojo o ódio

Fazer sofrer o mundo, mundo que nem é tão vasto

Nem para Raimundo, nem para Carlos.

Para os poetas, hoje, a vida é em prosa.

E na vida, não há tempo para um dedo de prosa.

E se a viola chorar?

E se o peito gritar?

Há vida, ainda que vida assim?

Assim é a vida,

Do começo ao meio

E fim.


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